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sábado, 29 de outubro de 2011

Samba sim - Samba sempre!

Dentre todas as versões que contam as histórias do nascimento do Samba no Brasil, existe uma unanimidade: Hilária Batista de Almeida, com seus três apelidos: Tia Ciata, Tia Asseata ou ainda Tia Assiata. Nascida livre em 23 de abril de 1854, em Salvador,  foi juntamente com outras tias baiana a principal responsável pela desenvolvimento e consolidação do samba no Brasil. Foi no quintal da sua casa a fonte de inspiração do primeiro samba gravado no Brasil, em 1916  - "Pelo Telefone  de Donga e  Mauro de Almeida.


Baiana de Salvador. Cozinheira. Mãe de santo. Partideira e animadora cultural. Chegou ao Rio de Janeiro em 1876, aos 22 anos, indo residir inicialmente na Rua General Câmara mudou-se para a Rua da Alfândega e depois para Rua Visconde de Itaúna (próxima à Praça Onze), à época local conhecido como Pequena África, por conta da forte presença de negros baianos no local. Por ser uma mulher dinâmica e empreendedora, Ciata logo se destacou entre as baianas introdutoras do Samba no Rio de Janeiro, enquanto tirava seu sustento da cozinha típica baiana, vendendo quitutes em seu tabuleiro, dali passou a promover sessões de samba em sua casa.


Sempre vestida de baiana e estampando a sua autoridade, seu bom humor e sua solidariedade, ficava cada vez mais conhecida, mantendo relações com pessoas de toda a cidade, chegando ao ponto de ter vários soldados do Coronel Costa garantindo suas festas. Nesse período, os brancos das elites não eram vistos como inimigos e nem claramente responsabilizados pela escravatura. O negro se opunha ao branco pela diversidade cultural. Os baianos, a exemplo do que se faz até hoje em Salvador, saíam no Carnaval em blocos, cordões e rodas de batucadas. Como naquela época não havia rádio, compositores lançavam sua músicas nas festas de Largo.


Da esquerda para a direita:  Nana Caymmi, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Clementina de Jesus e Chacrinha .



Fonte: http://www.clubedosamba.com.br/index.asp (modificado)






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