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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MPB que nunca morre...

Por Lucas Dias


Cantora Marlene - O Cruzeiro 1951
Das cordas do violão de Noel Rosa aos clamores de justiça de Cazuza. A música popular Brasileira, termo originado nos FIC's (Festival Internacional da Canção), passou por drásticas mudanças, do seu início a atualidade. No passado as vozes das cantoras da rádio,Carmem Miranda,Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria, embalavam sonhos apaixonados, famílias que ficavam ansiosas na frente de um velho rádio, para ouvir as marchinhas de carnaval ou as depressivas músicas de Dolores Duran e Maysa.
A música acompanhou fatos históricos e nunca parou no tempo; nos anos 60, com o golpe de 1964, os jovens sonhadores do tropicalismo e outros movimentos, nos inúmeros festivais, declamaram de voz aberta suas opiniões e argumentos ...dando pé ao sofrimento e chorando na canção.




No finalzinho dos anos 60, a influência americana começou a dar presença, nos shows e álbuns de inúmeros cantores, e alguns, a qual Elis Regina chamava de traíras, abandonaram ou mudaram radicalmente seu estilo musical. Como é percebido por todos, na calmaria, até a voz dos deuses se acalmam. Para alguns, os anos 70 foi um período de estagnação, pois muitos se recusavam a gravar ( Ex: Maysa, Marlene e Ângela Maria), outros desistiram da carreira, pois a influência de fora era demasiada a ponto do números de shows e vendas de discos cair muito. Desta forma foi criada por Elis Regina a ASSIM (Associação de Músicos e Interpretes), que regulamentava a classe no Brasil e garantia seus direitos. 




Quando tudo parecia estar perdido, quando muitos pensaram que tudo havia acabado após a morte de grandes nomes da música, surgia nas capitais, grandes talentos que enalteceram multidões, como Cazuza e Renato Russo, e até o velho moinho do Cartola ressuscitou, e vivificou nossa música, Esta ainda sobrevive, mas às custas de aparelhos, internada e quase em coma. muitas vezes esquecida, abandonada e lembrada apenas quando o pai ou o avô, colocam o disco do Roberto Carlos na "vitrola", para relembrar as lagrimas e sorrisos de um passado glorioso.
Cazuza - 1984

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